domingo, 15 de maio de 2011

Trechos do Livro "Platero Y Yo" - BORBOLETAS BRANCAS




BORBOLETAS BRANCAS



A noite cai já nebulosa e arroxeada. Vagas claridades malvas e verdes e, permanecem ainda por detrás da torre e da igreja. O caminho sob cheio de sombras, de campânulas, de fragrância de capim, de canções, de cansaço e de anseio. Logo, um homem obscuro, de gorro na cabeça e espeto na mão, o rosto feio momentaneamente avermelhado pela luz do cigarro, desce até nós de uma choupana miserável, perdida entre sacos de carvão.

Platero se amedronta.


- Alguma coisa?


- Veja o senhor... Borboletas Brancas...


O homem quer cravar o espeto de ferro no cesto, e não o detenho. Abro o alforje e ele não vê nada. E o alimento ideal passa, livre e cândido, sem pagar imposto...

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